Apesar de a diversificação de produtos poder abrir novos caminhos para o crescimento do negócio, também apresenta diversos desafios às marcas, desde o aumento dos custos da cadeia de abastecimento, à dificuldade de fazer previsões com exatidão e ao risco de rutura de stocks nas prateleiras. Além disso, coloca uma enorme pressão sobre o desenvolvimento de novos produtos.
Num mercado de retalho com um ritmo cada vez mais acelerado, os proprietários e gestores de marcas têm de encontrar formas eficazes de corresponder a tempos de resposta mais rápidos para aproveitar as tendências emergentes e captar em tempo real o feedback dos consumidores para determinar rapidamente o sucesso (ou não) de um produto. É aqui que a impressão de dados variáveis pode fazer verdadeiramente a diferença para o investimento de uma marca no desenvolvimento de novos produtos, segundo Russell Weller, Diretor de Produto – DP Colour, Domino.
Proliferação das unidades de manutenção de stock
A proliferação das unidades de manutenção de stock é basicamente um subproduto do desejo das marcas em apelar ao comportamento variável do consumidor, desde o aumento do vegetarianismo e outros hábitos alimentares até produtos e embalagens mais ecológicos, recicláveis e sustentáveis, o que apresenta benefícios claros. Porém, tal não é possível sem desafios significativos para os proprietários das marcas e, em particular, para os gestores de desenvolvimento de novos produtos (NPD).
O primeiro desafio é o custo. Um estudo realizado em nome da Domino reafirma que o desenvolvimento de novos produtos é um processo dispendioso, especialmente no setor de FMCG, e aproximadamente 75% a 95% dos produtos falham. Segundo Harvard Business School, as probabilidades tendem para o limite superior desta aproximação: mais de 30 000 novos produtos são introduzidos anualmente, com 95% a falharem os objetivos.
O segundo desafio é a agilidade. Num mercado em rápida evolução, a agilidade é fundamental para as marcas, mas os processos tradicionais de impressão de embalagens e etiquetas têm prazos de entrega longos e requisitos mínimos de encomenda elevados que não são viáveis para os transformadores, o que aumenta o custo global de desenvolvimento.
Por fim, o tempo (ou mais precisamente a falta dele). O estudo da Domino descobriu que os novos produtos são frequentemente excluídos no período de seis semanas, caso não apresentem um bom desenho. No momento em que é recebido feedback dos clientes sobre o produto, normalmente é tarde para reverter a situação.
A impressão digital de dados variáveis pode ajudar as marcas a mitigar alguns elementos de cada um destes desafios: Pode ajudar a reduzir o custo do desenvolvimento de produtos, diminuindo o custo do elemento embalagem, e os prazos de entrega mais curtos aumentam a agilidade das marcas, suportando uma resposta mais rápida em matéria de inovação de embalagens. As quantidades mínimas mais pequenas reduzem os desafios da cadeia de abastecimento e o desperdício de embalagens resultante de stocks excessivos.
A impressão digital permite igualmente a utilização de designs de embalagens inteligentes, incorporando dados variáveis e códigos 2D para captar feedback dos consumidores em tempo real, com a personalização em fábrica numa fase tardia a representar uma opção para criar variantes de mercado em tempo real.
A impressão de dados variáveis (VDP) é uma forma de impressão digital na qual os elementos como o texto, os gráficos ou as imagens podem ser alterados de uma etiqueta impressa para outra, sem interromper ou abrandar o processo de impressão e permitindo eficazmente a personalização massiva de etiquetas.
No âmbito da aplicação específica do desenvolvimento de novos produtos, a capacidade de integrar conteúdo e elementos variáveis na etiqueta ou embalagens proporciona às marcas a agilidade e a velocidade tão necessárias na reconceção da etiquetagem de produtos, para uma nova variação ou unidade de manutenção de stock. Oferece também um espaço significativo para a experimentação de produtos e a promoção de marketing, como a introdução de sabores sazonais e de edições limitadas e promoções na embalagem, bem como pequenas tiragens económicas de novos designs de embalagens para testes A/B.
A impressão de dados variáveis também facilita a atualização de etiquetas quando a formulação ou a receita dos produtos se altera, ou seja, porque os ingredientes não estão disponíveis ou são usadas novas fontes de ingredientes.
Por fim, acrescentar um código QR de dados variáveis combinado com um apelo à ação para os consumidores digitalizarem a embalagem finalizada pode também ser uma fonte valiosa de informações rápidas para perceber quais os designs ou variações de produtos com mais êxito.
Os painéis de consumidores terceiros e a testagem de produtos que fornecem informações às primeiras fases do desenvolvimento de produtos podem ter dado uma indicação de sucesso, mas, depois de o produto ser lançado, identificar razões para um potencial mau desempenho pode ser difícil e, em caso de falta de informações, é normalmente considerado mais fácil de excluir. É aqui que os códigos QR de dados variáveis podem ajudar os proprietários das marcas e as equipas de desenvolvimento de produtos a recolher feedback crucial em tempo real.
A aceitação do código QR está progressivamente a aumentar numa grande variedade de contextos e o número de leituras também, e isto são boas notícias para os proprietários das marcas. Um estudo de 2023 da Statista prevê que o número de consumidores nos Estados Unidos que leem um código QR com o seu smartphone irá aumentar em 16 milhões entre 2022 e 2025, impulsionado por códigos QR que permitem pagamentos móveis e códigos que permitam o acesso online a publicações tradicionalmente impressas, nomeadamente menus de restaurante com a possibilidade de pedidos através da aplicação ou weblinks no setor retalhista.
De forma idêntica, o relatório da LXA "Estado dos códigos QR em 2023" refere que:
Além disso, parece ser um passo lógico com algumas marcas a considerarem a utilização de códigos QR como parte da migração para códigos 2D no ponto de venda e, mais especificamente, os códigos QR potenciados pela GS1 (anteriormente conhecidos como Ligação Digital GS1) a impulsionar esta tecnologia poderosa para informar o desenvolvimento de produtos.
Conclusão
Para tornar o seu processo de desenvolvimento de produtos mais ágil e otimizá-lo com feedback dos consumidores em tempo real, as marcas devem pensar em criar parcerias com conversores de embalagens e etiquetas que possam fornecer impressão digital de dados variáveis de alta resolução como parte dos seus serviços ou considerar investimentos em tecnologia de impressão digital para aplicar códigos QR variáveis junto à linha nas suas próprias fábricas.
Notas para os editores:
Acerca da Domino
A Digital Printing Solutions é uma divisão da Domino Printing Sciences. Fundada em 1978, a empresa estabeleceu uma reputação global relativamente ao desenvolvimento e fabrico de tecnologias de impressão a jato de tinta digital, assim como aos seus produtos de pós-venda e ao atendimento ao cliente a nível mundial. Os seus serviços para o setor de impressão comercial incluem impressoras digitais a jato de tinta e sistemas de controlo desenvolvidos para proporcionar soluções para uma gama completa de aplicações de impressão de dados variáveis e etiquetagem.
Todas as impressoras da Domino são desenvolvidas para satisfazerem as exigências de alta velocidade e elevada qualidade em ambientes de impressão comercial, apresentando novas capacidades a diferentes setores, incluindo os da etiquetagem, publicações e impressão de segurança, transacional, conversão de embalagens, cartões plastificados, bilhetes, jogos de cartas e formulários, bem como os setores de publicidade endereçada e serviços postais.
A Domino emprega mais de 3000 pessoas em todo mundo e comercializa para mais de 120 países através de uma rede global de 29 filiais e mais de 200 distribuidores. As instalações de fabrico da Domino estão localizadas na Alemanha, China, EUA, Índia, Reino Unido, Suécia e Suíça.
A Domino tornou-se uma divisão independente da Brother Industries Ltd. a 11 de junho de 2015.
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